domingo, 13 de novembro de 2011

HOJE É DOMINGO DIA DO SENHOR: XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM

INVOCAÇÕES: Alma de Cristo, santificai-me. Coração de Cristo, vivificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Nas VOSSAS chagas, escondei-me. Não permitais que me separe de vós. Do inimigo maligno defendei-me. Na hora da minha morte, chamai-me.  E mandai-me, ir para vós, Para que vos louve com vossos Santos. Por todos os séculos dos séculos. Amem.


Hoje é domingo, 13 de novembro de 2011

Tema do Dia

COMO FOSTE FIEL NA ADMINISTRAÇÃO DE TÃO POUCO, VEM PARTICIPAR DE MINHA ALEGRIA!

Oração depois da Santa comunhão: Ó Deus, que este sacramento da caridade nos inflame em vosso amor, e sempre voltado para o vosso Filho, aprendamos a reconhecê-lo em cada irmão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amem!

XXXIII DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio - I semana do saltério)

  Primeira Leitura:
Leio cuidadosamente a Palavra de Deus indicada pela Igreja,
que me ajudará a viver como verdadeiro cristão.

Leitura do livro dos Provérbios - 10 Quem poderá encontrar a mulher forte? Ela vale muito mais do que pérolas. 11 Seu marido confia nela e não deixa de encontrar vantagens. 12 Ela traz para ele a felicidade e não a desgraça, em todos os dias de sua vida. 13 Ela adquire lã e linho, e suas mãos trabalham com prazer. 19 Ela estende a mão ao fuso e com os dedos sustenta a roca. 20 Ela abre as mãos para o pobre e estende o braço para o indigente. 29 «Muitas mulheres são fortes, mas você superou a todas elas!» 30 A graça é enganadora e a beleza é passageira, mas a mulher que teme a Javé merece louvor. 31 Cantem o sucesso do trabalho dela, e que suas obras a louvem na praça da cidade. - Palavra do Senhor. Graças a Deus!
Provérbios 31, 10 – 13. 19 – 20. 29 – 31

Meu encontro com Deus
Minha expressão de louvor e gratidão ao Pai pelo dia de hoje.

Salmo Responsorial: 127(128), 1 – 2. 3. 4 – 5ab (R. 1a)
REFRÃO: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1. Cântico das peregrinações. Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. - R.

2. Tua mulher será em teu lar como uma vinha fecunda. Teus filhos em torno à tua mesa serão como brotos de oliveira. - R.

3. Assim será abençoado aquele que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor para que em todos os dias de tua vida gozes da prosperidade de Jerusalém, - R.

Penso na existência de Deus, um Deus de amor, sempre aqui, presente. Em profundo silêncio interior, coloco-me na presença de Deus e deixo-me ser conduzido neste momento diário de oração.

Hoje eu vou experimentar e viver o temor de Deus em minha vida!!!

Ó Espírito Santo, concedei-me o dom do Temor de Deus, para que eu me lembre sempre, com suma reverência e profundo respeito, da Vossa divina presença e de seu incondicional amor para conosco
.

Segunda Leitura:
Leio cuidadosamente a Palavra de Deus indicada pela Igreja,
que me ajudará a viver como verdadeiro cristão.

Leitura da primeira carta de São Paulo aos tessalonicenses – ‘1 No que diz respeito ao tempo e circunstâncias, não preciso escrever nada para vocês, irmãos. 2 Vocês já sabem que o dia do Senhor chegará como ladrão à noite. 3 Quando as pessoas disserem: «Estamos em paz e segurança», então de repente a ruína cairá sobre elas, como dores do parto para a mulher grávida, e não conseguirão escapar. 4 Mas vocês, irmãos, não vivem em trevas, de tal modo que esse dia possa surpreendê-los como um ladrão. 5 Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. 6 Portanto, não fiquemos dormindo como os outros. Estejamos acordados e sóbrios. - Palavra do Senhor. Graças a Deus!
1tessalonicenses 5, 1 – 6

Pela verdadeira fé que nos foi revelada, tornamo-nos verdadeiramente livres e herdeiros da promessa; por isso, não há motivo para desunião entre nós.

O evangelho do Dia
Quer estar atento e ouvir o que Deus tem a dizer através do evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 14 Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos. O povo pertence a Deus - 15 Então os fariseus se retiraram, e fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16 Mandaram os seus discípulos, junto com alguns partidários de Herodes, para dizerem a Jesus: «Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e que ensinas de fato o caminho de Deus. Tu não dás preferência a ninguém, porque não levas em conta as aparências. 17 Dize-nos, então, o que pensas: É lícito ou não é, pagar imposto a César?» 18 Jesus percebeu a maldade deles, e disse: «Hipócritas! Por que vocês me tentam? ‘19 Mostrem-me a moeda do imposto. Levaram então a ele a moeda. 20 E Jesus perguntou: «De quem é a figura e inscrição nesta moeda?» 21 Eles responderam: «É de César.» Então Jesus disse: «Pois dêem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» 22 Ouvindo isso, eles ficaram admirados. Deixaram Jesus, e foram embora. 23 Os saduceus afirmam que não existe ressurreição. Alguns deles se aproximaram de Jesus, e lhe propuseram este caso: 24 «Mestre, Moisés disse: ‘Se alguém morrer sem ter filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de que possam ter filhos em nome do irmão que morreu’. 25 Pois bem, havia entre nós sete irmãos. O primeiro casou-se, e morreu sem ter filhos, deixando a mulher para seu irmão. 26 Do mesmo modo aconteceu com o segundo e o terceiro, e assim com os sete. 27 Depois de todos eles, morreu também a mulher. 28 Na ressurreição, de qual dos sete ela será mulher? “De fato, todos a tiveram.» 29 Jesus respondeu: «Vocês estão enganados, porque não conhecem as Escrituras, nem o poder de Deus. 30 De fato, na ressurreição, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. - Palavra da salvação. Glória a vos Senhor.
Mateus 25, 14 – 30

No silêncio do meu coração, o que Deus quer me dizer? Escuto, medito e permaneço inspirado (a) por sua mensagem ao longo deste dia.

"Reflexão da Palavra"

COMO FOSTE FIEL NA ADMINISTRAÇÃO DE TÃO POUCO, VEM PARTICIPAR DE MINHA ALEGRIA.
A parábola dos talentos é, sem dúvida, o texto capital entre os três de hoje. Um comentário pastoral a esta leitura poderá ir pela senda usual com este texto. Mateus acaba de falar da vinda futura do Filho do homem para o inicio e para a continuação nos diz quais as atitudes adequadas ante essa vinda, a saber, a vigilância (parábola das dez virgens) e o compromisso da caridade (parábolas dos talentos e do juízo das nações).
A parábola dos talentos é, nesse contexto interpretativo, um elogio ao compromisso, à efetividade, ao trabalho, ao rendimento. Poderá ser aplicada frutuosamente ao trabalho, à profissão, às realidades terrestres, ao compromisso dos leigos...
Contudo, o contexto da hora histórica que vivemos é tal que esta mensagem, em si mesmo boa e até ingênua, pode-se tornar funcional em relação à ideologia atualmente dominante, o neoliberalismo. Este, com efeito, prega como seus valores, a eficácia, a competitividade, a criação de riqueza, o aumento da produtividade, o crescimento econômico, os altos rendimentos de juros bancários, a inversão em valores, etc. São nomes modernos bem adequados aos apresentados na parábola, ainda que se utilizados na homilia, não poucos ouvintes pensarão que o orador sagrado tenha saído de sua competência...
Por uma causalidade do destino, esta parábola se tornou atual e os teólogos neoconservadores (também existe os "neocons" em teologia) a valorizam altamente. Algumas de suas frases, sem necessidade sequer de interpretações rebuscadas, confirmam diretamente os princípios neoliberais. Pensemos, por exemplo, no enigmático versículo de MT 25, 29: "Ao que produz lhe será dado e terá em abundancia, porém ao que não produz, se lhe tirará até mesmo o que pensa ter". Não é fácil fazer uma pregação aplicada que não faça o jogo do sistema, o que, para muitos cristãos de hoje, está nos antípodas dos primeiros cristãos.
A eficácia, a produtividade, a eficiência... Não são más em principio. Diríamos que não são valores em si mesmos, mas "quantificações" que podem ser aplicadas a outros valores. Pode-se ser eficiente em muitas coisas muito diferentes (umas boas e outras más) e com intenções muito diversas (más e boas também).
A eficácia em si mesma, abstraída de sua aplicação e de sua intenção... Não existe, ou não nos interessa. O juízo que fazemos sobre a eficácia dependerá, pois, da matéria à qual apliquemos essa eficiência assim como do objetivo ao qual se oriente.
Cabe então imaginar uma "eficiência" (agrupando neste símbolo vários outros valores semelhantes) cristã. O próprio evangelho a apresenta em outros lugares, em sua célebre inclinação para a práxis: Nem todo o que diz Senhor, Senhor, mas o que faz..., a parábola dos dois irmãos, bem-aventurados os que escutam a palavra e a põem em prática... E mais paradigmaticamente, o mesmo texto que continua o de hoje, que vamos meditar no próximo domingo, Mateus 25, 32ss, onde o critério do juízo escatológico será precisamente o que tenhamos "feito" efetivamente aos pobres...
A eficiência aceita e até favorecida pelo evangelho é a eficiência "pelo Reino", a que é colocada a serviço da causa da solidariedade e do amor. Não é a eficiência do que consegue aumentar a rentabilidade (reduzindo trabalhadores pela adoção de novas tecnologias), ou a daquele que consegue conquistar mercados (reduzindo a capacidade de auto-subsistencia dos países) de capital "andorinha"...
A eficiência pela eficiência não é um valor cristão, nem sequer humano. Talvez seja certo que o capitalismo, sobretudo em sua expressão selvagem atual, seja "o sistema econômico que mais riqueza cria"; porém, o certo é também que o faz aumentando simultaneamente o abismo que existe entre pobres e ricos, a concentração da riqueza, à custa da expulsão do mercado de massas crescentes de excluídos. O critério supremo para nós, não é uma eficiência econômica, que produz riqueza e distorce a sociedade e a torna mais desequilibrada e injusta. Não só de pão vive o ser humano.
De acordo com a doutrina cristã, não podemos aceitar um sistema que presta culto ao crescimento da riqueza, sacrifica (idolatricamente) a justiça, a fraternidade e a participação das massas humanas. Colocar a eficiência acima de tudo isto, é uma idolatria, a idolatria do culto ao dinheiro, verdadeiro deus neoliberal. Sobre a "idolatria do mercado" e o caráter sacrificial da ideologia neoliberal, muita coisa já foi escrita.
Não queremos ser eficientes, competentes (mais que competitivos), ou que não sejamos partidários da "qualidade total", ao contrário.... Somos partidários da maior eficácia no serviço ao reino, assim como da competitividade e da qualidade total no serviço ao Evangelho. (In ordinis non ordinarius, dizia um velho adágio da ascética clássica, querendo levar a qualidade total aos menores detalhes da vida ordinária ou oculta).
Pode-se reconhecer que com freqüência os mais "religiosos" foram omissos às implicações econômicas da vida real, pregando com facilidade uma generosa distribuição onde não se consegue uma produção suficiente, esperando tudo da esmola ou dos piedosos mecenas.
Também em um campo da economia teórica - sobretudo nesta hora - precisamos do compromisso dos cristãos. Se Jesus se lamentou de que os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz, isso significa que a "astucia" (outro tipo de eficácia) não é má; o mal seria colocá-la a serviço das trevas e não da luz.

Oração: Ó Deus, nosso Pai: ajuda-nos a entregar-nos a ti, de todo coração, e servir-te com fidelidade no próximo, de modo que vivamos como verdadeiros filhos teus e como, discípulos missionários, Senhor faze de nós artesãos do Reino que tu queres que construamos entre todos, com nosso trabalho e com os talentos que tu nos deste, e que assim estejamos sempre alegres em teu serviço, porque servir a ti e aos irmãos consiste a alegria plena e verdadeira. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Repouse ó Santo Espírito em minha alma, 
e conduze-me com o fogo do vosso amor.